Reincidente? Recalcitrante? Os mensaleiros vão acabar esgotando o estoque de designações na língua portuguesa antes de serem julgados. É de um divertido horror a orquestra que ora montam para ameaçar a ninguém menos do que os ministros do STF. Um dia um aliado deles no próprio STF, ansioso pela prescrição, diz que não vai dar tempo de julgar este ano. É balão de ensaio. Todos vão pra cima dele. Sai outra tentativa: o presidente do PT diz que foi uma farsa o mensalão, que resultou até na criação de uma nova palavra nos dicionários de língua portuguesa. O próprio espanhol criou o neologismo mensalón.
O cenário nos lembra paradoxalmente uma fala de Castello Branco sobre aqueles que rondavam os quartéis à procura de um golpe. Elio Gaspari gosta muito de citar o trecho. Castello se referia aos políticos civis que iam aos quartéis para buscar conchavos com a oficialidade: “Eu os identifico a todos. São muitos deles os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas,vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar.” Só o que o cerco, que outrora foi ao Exército, agora é à mídia, ao Ministéro Público, ao Judiciário. E vale tudo, sejam embargos escritos ou embargos auriculares.
O sítio é estendido a blogues e colunas independentes como esta! É fácil identificar milicianos subsidiados para o serviço sujo de marcar homem a homem, responder a cada artigo. Augusto Nunes, que é um craque, não começou ontem, sabe onde eles estão. Aqui na coluna “de vez em sempre” aparecem alguns deles. O que querem? Destruir a ordem democrática, evidentemente. Chamam de mentiroso – disfarçamente, é claro – a ninguém menos do que o Procurador Geral da República, que denunciou uma organização criminosa, indicando o líder e os outros 39 dirigentes.
E a imprensa inventou? Não, a imprensa fez e faz seu papel: informou, analisou, repercutiu, levou ao conhecimento da sociedade, como se dissesse: toma, que o filho é teu! Sim, o problema do mensalão não é mais só dos poderes que o denunciaram e dos que agora o julgam. É da sociedade. Se os mensaleiros não forem punidos – até agora só Silvinho Land Rover o foi e por crime confesso! – voltará a máxima do velho Stanislaw Ponte Preta: ou se recupere a moralidade ou nos locupletemos todos
O cenário nos lembra paradoxalmente uma fala de Castello Branco sobre aqueles que rondavam os quartéis à procura de um golpe. Elio Gaspari gosta muito de citar o trecho. Castello se referia aos políticos civis que iam aos quartéis para buscar conchavos com a oficialidade: “Eu os identifico a todos. São muitos deles os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas,vêm aos bivaques bulir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar.” Só o que o cerco, que outrora foi ao Exército, agora é à mídia, ao Ministéro Público, ao Judiciário. E vale tudo, sejam embargos escritos ou embargos auriculares.
O sítio é estendido a blogues e colunas independentes como esta! É fácil identificar milicianos subsidiados para o serviço sujo de marcar homem a homem, responder a cada artigo. Augusto Nunes, que é um craque, não começou ontem, sabe onde eles estão. Aqui na coluna “de vez em sempre” aparecem alguns deles. O que querem? Destruir a ordem democrática, evidentemente. Chamam de mentiroso – disfarçamente, é claro – a ninguém menos do que o Procurador Geral da República, que denunciou uma organização criminosa, indicando o líder e os outros 39 dirigentes.
E a imprensa inventou? Não, a imprensa fez e faz seu papel: informou, analisou, repercutiu, levou ao conhecimento da sociedade, como se dissesse: toma, que o filho é teu! Sim, o problema do mensalão não é mais só dos poderes que o denunciaram e dos que agora o julgam. É da sociedade. Se os mensaleiros não forem punidos – até agora só Silvinho Land Rover o foi e por crime confesso! – voltará a máxima do velho Stanislaw Ponte Preta: ou se recupere a moralidade ou nos locupletemos todos