sábado, 7 de abril de 2012

Porque eles não gostam da revista Veja: Saúde: Evidências de mais uma fraude gigantesca. Contra os pobres, como sempre!

Como vocês viram na pesquisa Ibope, uma ampla maioria dos pesquisados aprova o governo Dilma, embora rejeite a política de impostos (65%), a de saúde (63%) e a de segurança (61%). Isso quer dizer que o governo é ruim, mas é bom, entenderam? Não??? Como escrevo no texto cujo link vai acima, talvez a oposição deva mais explicações sobre esse comportamento esquizofrênico do que a população. Mas sigamos! A saúde, como veem acima, está entre os pontos que os brasileiros reconhecem reprováveis. Sinal de que o povo pode até ser crédulo, mas não é idiota.

Ainda que pareça coisa de folhetim, de escritor ruim, de novela de antigamente, em que os vilões são completamente destituídos de coração, o fato é que a Saúde, justamente a área da administração que mais castiga os pobres, é a preferida para a atuação dos corruptos. Roubar dinheiro nesse setor corresponde a apostar na morte de crianças, de idosos, de pobres, das camadas, enfim, mais vulneráveis da população.

E rouba-se! Na semana passada, Edson Pereira de Oliveira, ex-petista e atual peemedebista, amigo pessoal do ministro Alexandre Padilha, confessou, em entrevista à VEJA, que recebeu R$ 200 mil de propina quando era assessor especial de seu amigão.

Na mais recente edição de VEJA, há detalhes de outro caso asqueroso, relatado por Leslie Leitão. Segue trecho. Leiam a íntegra na edição impressa da revista:

Quanto mais se explora o lamaçal da saúde pública no Brasil, mais podridão vem à tona. No Rio de Janeiro, o mau cheiro envolve agora o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (labas), uma das entidades teoricamente sem fins lucrativos que a prefeitura contratou para gerenciar o principal programa de saúde do município, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Chamadas de Organizações Sociais (OS) e regulamentadas por uma lei de maio de 2009, as treze gestoras contratadas sem licitação controlam um orçamento que, até o fim deste ano, vai ultrapassar 2,7 bilhões de reais. Desse total, uma fatia de 600 milhões de reais foi parar nas mãos do labas, que administra cinco UPAs nas zonas Norte e Oeste da cidade. Um recém-concluído relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) mostra que a bolada, destinada a ajudar pessoas doentes e sem recursos, tem sido usada para engrossar uma vasta rede de irregularidades. De forma bastante didática, o dossiê expõe, mais uma vez, a desfaçatez com que empresas e indivíduos desviam para o próprio bolso dinheiro que serviria para melhorar o precaríssimo atendimento da saúde pública no país.

Um conjunto de documentos, aos quais VEJA teve acesso, indica que os tentáculos do esquema se esparramaram para além dos cofres fluminenses. O homem que assinou os contratos agora na mira do TCM. Ricardo José de Oliveira e Silva, então no cargo de diretor médico do Iabas, traz no currículo outra mancha, também na área da saúde. Em fevereiro de 2011, ele partiu para Natal, no Rio Grande do Noite, assessorado por outros três ex-funcionários da saúde pública do Rio. Foi gerir os 8,1 milhões de reais destinados à campanha Natal Contra a Dengue, no cargo de diretor executivo do Instituto de Tecnologia, Capacitação e Integração Social (ITCI). Acabou sendo afastado dois meses depois. A razão: irregularidades na conta¬bilidade e na contratação de serviços