
Eis aí. Vejam a fúria com que este “democrata de razão desentorpecia” avança contra seguranças, dois deles negros — e já explico por que faço essa referência. Essa extrema minoria de violentos que tem ocupado as ruas, buscando confronto, gosta de se fingir de “povo” e de denunciar a repressão da polícia, que atuaria em defesa dos poderoso etc e tal. Vocês conhecem a cascata.
A imagem é bastante eloqüente. Sou capaz de jurar que a mochila, o jeans e o tênis Nike desse “revolucionário”, somados, correspondem quase a um salário — a depender do caso, ultrapassa — dos seguranças. A cueca pode ficar fora da conta. Se um babaca desses acaba ferido no confronto, vai posar de vítima na imprensa, e os tais “coletivos disso e daquilo” farão do furioso um herói. E há o risco de o jornalismo cair na conversa.
Se um segurança branco aparecesse dando uma voadora num manifestante negro, o notório Frei Davi viria a público, com sua teologia perturbada, para denunciar “racismo”. Como se trata de um manifestante branco atacando seguranças negros, o tal Frei vai ficar de boca calada. No fim das contas, não é que essa gente seja contra agressão a negros — opõe-se à agressão aos “negros que são do movimento”, os que são ligados à “causa”. Bater em preto pode, desde que seja no preto certo, entenderam?
Por Reinaldo Azevedo