sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

REYNALDO-BH: A diferença entre o jornalista Augusto Nunes e o “jornalista” autor do livro “A Privataria Tucana”


Augusto Nunes e Amaury Ribeiro Jr., a diferença entre um Jornalista e um "jornalista" (Fotos: VEJA :: LCA)




Reynaldo-BH: A diferença entre Augusto Nunes e Amaury Ribeiro Jr. é a diferença entre um jornalista e um “jornalista” (Fotos: VEJA :: LCA)
Post do leitor e amigo do blog, Reynaldo-BH
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O último mês foi pródigo de exemplos e, por menores que tenham sido na divulgação, foram imensos no significado.

No começo de novembro o jornalista Augusto Nunes mais uma vez – perdi as contas – foi inocentado em uma ação na qual o ex-presidente enxotado do Planalto (e atual aliado do PT) Fernando Collor pretendia ser indenizado em meio milhão de reais por ter sido chamado de “bandido”, “chefe de bando” e “farsante”.
A Justiça negou o pedido, pois o jornalista somente exerceu o direito de manifestar a opinião. (O que traz em si um juízo de valor embutido. Se os mesmos termos houvessem sido utilizados contra Sobral Pinto por exemplo, certamente o jornalista teria sido condenado).
A favor de Collor, o comportamento de ter procurado a Justiça para buscar a proteção jurisdicional a que julgava ter direito.
Soubemos, depois disso, da instauração de ação penal contra Amaury Ribeiro Júnior (mais uma) por corrupção ativa, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, falsidade ideológica e uso de documento falso. E a autorização para que a Polícia Federal continue as investigações das ligações de Amaury com o submundo da arapongagem.
Ficou provado que Amaury Júnior e mais cinco comparsas (sendo um deles, uma funcionária do SERPRO, o Serviço Federal de Processamento de Dados, empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda) obtiveram ilegalmente dados fiscais do ex-presidenciável e ex-governador paulista José Serra, de sua filha, a advogada Verônica Serra, e do ex-secretário-geral da Presidência durante o governo FHC Eduardo Jorge, entre outros.
Estes dados formaram um dossiê usado pelo comitê de Dilma na campanha de 2010.
A justificativa de Amaury Ribeiro Júnior – na fase de investigação da Polícia Federal – foi que os dados lhe teriam sido enviados sem que ele soubesse como. Ao ser confrontado com o dossiê falso descoberto no comitê de Dilma, afirmou que os mesmos dados (que estariam em seu computador) teriam sido roubados por Rui Falcão.
Este nega.
Este é o autor de A Privataria Tucana, livro de cabeceira de muitos lulopetistas.
A movimentação financeira de Eduardo Jorge foi explicada documentalmente. Na de José Serra e da FILHA dele, nada foi encontrado de anormal.
O que diriam os lulopetistas se um jornalista autor de algum livro contra o PT houvesse quebrado (e roubado) o sigilo fiscal de Lulinha (o filho), de filhos de José Dirceu, de Genoino ou de Dilma? Seria ou não o fim do mundo?
Ao contrário, desta feita, os fins justificam os meios. No mínimo, covardia do autor, que se revela quando tenta incriminar Rui Falcão como sendo o autor do malfado dossiê.
Porque os fatos listados no Privataria Tucana não ensejaram NENHUMA ação por parte de quem tinha POR OBRIGAÇÃO JURÍDICA assim agir? Ao contrário, quem buscou a Justiça foi José Serra e os citados no dossiê falsificado.
Collor foi mais honesto em suas ações. Mesmo carecendo de direito, buscou o caminho da Justiça. O PT e o governo federal preferiram o silêncio e a inação.
Certamente pelo fato de sequer haver causa de pedir, como se diz em Direito. Corria o risco que assistimos agora: o acusador se transformar em réu.
O silêncio dos adoradores de Aumaury Ribeiro Jr. é ensurdecedor. O jornalista, que foi despedido de jornais pelos métodos nada éticos que empregava, conhecido como quem não apurava notícias (antes preferia criá-las, mesmo que fantasiosas), que era amigo da pior escória de Brasília (os arapongas de aluguel), que tentou vender o dossiê tão sólido como um castelo de areia e buscou uma editora para publicação só conseguindo após a quinta tentativa, é o heroi dos lulopetistas.
Seu livro – carente de fatos, pois TODOS eram públicos e sem lógica (insisto que Amaury desconhece o que seja um fundo de investimento, chamando o maior do mundo – algumas centenas de vezes maior que o fundo de pensão da Petrobras, o Petros, por exemplo – de “lavanderia” e não sabendo distinguir Conselho de Administração de Conselho Executivo) é usado e reusado como “prova” contra Serra.
Não tenho – e rejeito! – qualquer procuração de Serra para defendê-lo. Não me é nem um pouco simpático, ao menos. Daí a considerá-lo (e à FILHA, em uma atitude ABJETA) como corrupto, vai uma imensa diferença. Posso discordar – e discordo quase 100% – de Eduardo Suplicy, para citar apenas um exemplo, mas reconheço sua honestidade, em se tratando de dinheiro público.
Meu foco é a idolatria CEGA a um “jornalista” que desonra a imprensa brasileira. Que está sendo acusado de corrupção, uso de documentos falsos, falsificação de documentos, etc. Pergunta-se: tem que credibilidade pode ter esse senhor como jornalista?
Reconheço o direito de todos de publicar o que queira. O contrário seria censura. Caso quem tenha sido citado, que busque a Justiça. Como fez Collor (sem nenhuma razão) e Serra (com todas).
O que assusta é a adoração a qualquer um que “bata” no PSDB e na herança de FHC, mesmo que diga em um livro que Serra é na verdade um vampiro que suga sangue e dorme de cabeça para baixo ou, no passado, foi o Lobo Mau que atacou a Chapeuzinho Vermelho!
Seria um sucesso. E considerado como verdade.
Diferenças existem para ser realçadas.
Ficou claro a diferença ente um JORNALISTA (Augusto Nunes) e um “jornalista” (Amaury Jr.)?
Será preciso desenhar?