terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Bala de borracha? A culpa é o PSDB, não é isso? Ou o jeito petista de enfrentar os conflitos.

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Foto de Paulo Maldos exibindo sorridente uma bala de borracha com a qual foi supostamente atingido no conflito de Pinheirinho

Foto de Raul Spinassé, da Agência A Tarde/AE.



Este rapaz negro é uma dos manifestantes que entraram em confronto com forças de segurança federais em frente à Assembléia Legislativa da Bahia. Levou um tiro de bala de borracha no rosto. Não estou certo, mas acho que não há sede de um Poder Legislativo — municipal, estadual ou federal — cercada pelo Exército desde o fim da ditadura. Se não me engano, a última vez se deu no governo Figueiredo, quando se declarou “estado de emergência” no Distrito Federal.

O PT sempre contribuiu para inovar a democracia.

De novo: eu não apóio greve de gente armada.
Quem apoiava era Lula.
Quem apoiava era Jaques Wagner!

Por que este silêncio do Carvalho???

Acima, vocês vêem um manifestante sofrendo as conseqüências do jeito petista de fazer as coisas. Como é mesmo a fala de Gilberto, o Carvalho, sobre o Pinheirinho? Relembro:
“É uma questão de método que se utiliza quando há um problema. Ou você parte para o método democrático de ouvir e resolver no diálogo ou vai para o enfrentamento armado sem levar em conta a necessidade de respeitar a dignidade daquelas pessoas.”

Acima, há um ferido real no conflito. Agora comparem a sua imagem com a do tal Paulo Maldos, assessor pessoal de Carvalho, que estava fazendo proselitismo no Pinheirinho e diz ter recebido uma bala de borracha. Não fez BO nem quis fazer exame de corpo de delito. Saiu por aí exibindo as balas como um troféu. Às gargalhadas.

Encerro
E aí?

Imaginem se o PSDB ou DEM estivesse no poder em Brasília ou na Bahia. O Frei Davi, daquela ONG Educafro, diria que, em meio a tanta gente, os racistas decidiram dar um tiro na cara logo de um negro. Mas este negro não será protegido por Frei Davi. Afinal, ele está do lado errado da força…

Sim, o segredo de aborrecer é dizer tudo. E não há a menor possibilidade de que eu não diga.


Reinaldo Azevedo