Outro dia, naquele seu estilo violento e irracional, a filha
do prefeito, aquela miudinha que está sendo processada pelo chapadaonline por
injúria e difamação, disse que eu não posso criticar o governo municipal porque
não voto aqui. Então elogiar pode, não é isso? Sim porque trabalhei um ano e
meio no hoje Núcleo de Comunicações da
Prefeitura como redator e designer, e ninguém lembrou que eu não votava aqui.
Acostumado a trabalhar sem nenhum outra exigência a não ser da de fazer o trabalho
com competência, não compareci a comícios e carreatas e votei em Ibititá, como
sempre fiz desde que vim morar na Bahia. E depois minha filha Ana Laura fez
algumas criticas no Facebook que abalou a prefeitura. Tudo isso foi juntado e
analisado contribuindo para meu contrato não ser renovado.
Nunca votei aqui, e por quê? Porque o núcleo de minha família
está em Ibititá. Lá residiram meus avós e residem meus tios maternos. Tenho um
tio. Dr. Domingos, que foi prefeito eleito e reeleito, e um primo que também
exerceu o mandato por duas vezes. Até aí, não se justifica muito meu domicilio
eleitoral. Contudo essa preferência foi plenamente justificada quando registrei
minha gráfica em Morro do Chapéu. Apesar de ter escolhido essa cidade para
montar meu empreendimento, sempre tive grandes dificuldades para trabalhar com
a prefeitura. Um prefeito fazia alguns trabalhos, outro quase nada. E a partir
da eleição do atual prefeito, nenhum trabalho mais foi realizado por conta da
perseguição implacável do seu “homem de confiança”.
Enquanto isso, apesar da longa distancia, a prefeitura de
ibititá fazia todos os seus serviços gráficos comigo. Teve época em que
praticamente foi de lá que vieram as encomendas necessárias para que a gráfica
não fechasse as portas. Também houve época em que trabalhamos com várias
prefeituras: Mundo Novo, Tapiramutá, Cafarnaum, Bonito, Utinga. Poderíamos
estar hoje numa situação confortável mas a política é mutável como sabem todos;
novos prefeitos assumiram o poder e estes já tinham suas preferências de
serviço. Até que chegou a um ponto em que somente as prefeituras de Bonito e
Ibititá sustentavam a gráfica. Foi então que um novo prefeito foi eleito em
Bonito (da família Dourado) e fiquei somente com Ibititá. Era pouco e tive de
indenizar os funcionários com cada um abrindo novas gráficas, inviabilizando
meu empreendimento e terceirizei os
serviços.
O absurdo de tudo isso é que toda nota fiscal emitida pela
gráfica, a prefeitura de Morro do Chapéu arrecadava 5% do total em ISS. Quer
dizer, ao se recusar em fazer serviços em minha empresa a prefeitura estava
renunciando a essa receita. E tudo por mero capricho político.
O fato é que o atual prefeito de Morro do Chapéu NUNCA fez
qualquer serviço em minha gráfica, desde quando era presidente da Câmara de
Vereadores; essa parte ele deixou por conta de seu “homem de confiança” que me
persegue desde essa época. Mas por que esse rapaz devota tanto ódio a mim? Ele
que até me veio com proposta de sociedade quando eu estava implantando a
gráfica? Ou será pela pendenga com a Horta Comunitária quando ficamos em lado
opostos? Essa história merece ser
contada e talvez eu faça isso.
Seja como for, como votar nessa gente? Como votar num prefeito
que nunca me deu apoio? O fato de ter trabalhado na Secretaria de Comunicação
não teve nada a ver com proposta de ajuda. Entrei ali por conta única e
exclusiva de minha competência. E depois eles já tinham liquidado com minha
empresa e o convite para trabalhar na prefeitura foi como uma espécie de compensação.
Saí por motivos políticos. Felizmente isso se deu na época em que saiu minha
aposentadoria, o que deixou longe das garras tirânicas de quem pretendia me
deixar a pão e água. Sempre quando perco algo, outro melhor vem no lugar. O
fato é que minha aposentadoria me possibilitou de ser hoje um homem
independente e posso dizer as coisas sem medo, que é o que estou fazendo agora
e farei sempre.