quarta-feira, 3 de abril de 2013

Porque não votei aqui



Outro dia, naquele seu estilo violento e irracional, a filha do prefeito, aquela miudinha que está sendo processada pelo chapadaonline por injúria e difamação, disse que eu não posso criticar o governo municipal porque não voto aqui. Então elogiar pode, não é isso? Sim porque trabalhei um ano e meio no hoje  Núcleo de Comunicações da Prefeitura como redator e designer, e ninguém lembrou que eu não votava aqui. Acostumado a trabalhar sem nenhum outra exigência a não ser da de fazer o trabalho com competência, não compareci a comícios e carreatas e votei em Ibititá, como sempre fiz desde que vim morar na Bahia. E depois minha filha Ana Laura fez algumas criticas no Facebook que abalou a prefeitura. Tudo isso foi juntado e analisado contribuindo para meu contrato não ser renovado.
Nunca votei aqui, e por quê? Porque o núcleo de minha família está em Ibititá. Lá residiram meus avós e residem meus tios maternos. Tenho um tio. Dr. Domingos, que foi prefeito eleito e reeleito, e um primo que também exerceu o mandato por duas vezes. Até aí, não se justifica muito meu domicilio eleitoral. Contudo essa preferência foi plenamente justificada quando registrei minha gráfica em Morro do Chapéu. Apesar de ter escolhido essa cidade para montar meu empreendimento, sempre tive grandes dificuldades para trabalhar com a prefeitura. Um prefeito fazia alguns trabalhos, outro quase nada. E a partir da eleição do atual prefeito, nenhum trabalho mais foi realizado por conta da perseguição implacável do seu “homem de confiança”.
Enquanto isso, apesar da longa distancia, a prefeitura de ibititá fazia todos os seus serviços gráficos comigo. Teve época em que praticamente foi de lá que vieram as encomendas necessárias para que a gráfica não fechasse as portas. Também houve época em que trabalhamos com várias prefeituras: Mundo Novo, Tapiramutá, Cafarnaum, Bonito, Utinga. Poderíamos estar hoje numa situação confortável mas a política é mutável como sabem todos; novos prefeitos assumiram o poder e estes já tinham suas preferências de serviço. Até que chegou a um ponto em que somente as prefeituras de Bonito e Ibititá sustentavam a gráfica. Foi então que um novo prefeito foi eleito em Bonito (da família Dourado) e fiquei somente com Ibititá. Era pouco e tive de indenizar os funcionários com cada um abrindo novas gráficas, inviabilizando meu empreendimento e  terceirizei os serviços.
O absurdo de tudo isso é que toda nota fiscal emitida pela gráfica, a prefeitura de Morro do Chapéu arrecadava 5% do total em ISS. Quer dizer, ao se recusar em fazer serviços em minha empresa a prefeitura estava renunciando a essa receita. E tudo por mero capricho político.
O fato é que o atual prefeito de Morro do Chapéu NUNCA fez qualquer serviço em minha gráfica, desde quando era presidente da Câmara de Vereadores; essa parte ele deixou por conta de seu “homem de confiança” que me persegue desde essa época. Mas por que esse rapaz devota tanto ódio a mim? Ele que até me veio com proposta de sociedade quando eu estava implantando a gráfica? Ou será pela pendenga com a Horta Comunitária quando ficamos em lado opostos?  Essa história merece ser contada e talvez eu faça isso.
Seja como for, como votar nessa gente? Como votar num prefeito que nunca me deu apoio? O fato de ter trabalhado na Secretaria de Comunicação não teve nada a ver com proposta de ajuda. Entrei ali por conta única e exclusiva de minha competência. E depois eles já tinham liquidado com minha empresa e o convite para trabalhar na prefeitura foi como uma espécie de compensação. Saí por motivos políticos. Felizmente isso se deu na época em que saiu minha aposentadoria, o que deixou longe das garras tirânicas de quem pretendia me deixar a pão e água. Sempre quando perco algo, outro melhor vem no lugar. O fato é que minha aposentadoria me possibilitou de ser hoje um homem independente e posso dizer as coisas sem medo, que é o que estou fazendo agora e farei sempre.