sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sucessão municipal fervilha em Feira

Fernanda Chagas


Nem bem encerrou o prazo de filiações (termina hoje, dia 7) e a largada em torno da sucessão municipal em Feira de Santana foi dada. A oposição sai na frente e já dá indícios de que, ao menos na Princesa do Sertão, o embate será bastante acirrado.

Ontem, o PMDB, além de reforçar que Colbert Martins representará a sigla nas urnas, fez questão de destacar que trabalha a todo vapor em torno de possíveis coligações e alianças políticas que o levem à vitória em 2012. Enquanto isso, o DEM, que não esconde o desejo de fazer com que Zé Ronaldo volte ao seu antigo posto, deixou claro que não está para brincadeira e trouxe para seu lado o vice-prefeito, Paulo Aquino.

A aquisição atinge em cheio o atual prefeito, Tarcízio Pimenta, que migrou do DEM para o PDT em busca da reeleição. O PT, embora ainda não tenha batido o martelo em torno de Zé Neto ou Sérgio Carneiro, já afirmou ‘em alto e bom som’ que virá para ganhar.

Em conversa com a Tribuna, o presidente estadual do PMDB, deputado Lúcio Vieira Lima, reiterou que, levando em consideração que Feira é a segunda maior cidade do estado, passado o período de filiações de vereadores, é hora de se dedicar às eleições. “Afinal, quem vai construir uma candidatura precisa se dedicar às bases. Não podemos perder tempo”. Segundo ele, o fato de Colbert ter sido preso pela Operação Voucher, da Polícia Federal, não o atrapalhará nesse processo.

“Diante da injustiça comprovada, só se for de forma positiva. Um grande exemplo a ser citado é o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, que, assim como Colbert, foi preso injustamente, mas pôde comprovar sua inocência e foi reeleito”, disse, complementando que: “chegou em minhas mãos pesquisa recente apontando o crescimento dele (de Colbert).

O que comprova que o povo entendeu que ele é inocente, um homem íntegro” Além de articular a candidatura de Colbert em Feira, Lúcio defende ainda que a indicação para o cargo de secretário do Ministério do Turismo, do qual Colbert está afastado, seja mantida pela Bahia. Hoje, o cargo está ocupado pela substituta Abadia Maria. Por fim, Lúcio faz questão de pontuar que Colbert assumiu cargo no ministério em abril, quando a PF já investigava os desvios, e seguiu parecer técnico ao destinar verbas à ONG Ibrasi, suspeita de fraude no Amapá.

Colbert, por sua vez, endossou as palavras de Lúcio: “O processo está em andamento. Vou provar que não tenho nada a ver com isso. Tenho absoluta certeza que sou inocente e certo disso estamos trabalhando em prol da vitória em 2012. Estamos em busca todas alternativas que nos levem para esse caminho”, pontuou sem esconder o otimismo”.