segunda-feira, 17 de junho de 2013

Denúncia: Abate clandestino de animais em M. do Chapéu!

Pedaços de boi espalhados aqui e acolá, restos de pele, crinas cortadas, manchas de sangue e fezes ainda frescas sobre as folhas de palmeiras, odor de carniça se apodera do ambiente e só dá trégua quando o vento sopra forte. Mãos habilidosas manuseiam os animais despedaçando-os aos poucos, este é o cenário de um curral próximo ao povoado de Santa Úrsula: você está diante de um dos pontos de abate clandestino de animais para o consumo humano existentes em Morro do Chapéu.

Chegamos até o local após receber denúncia de moradores preocupados com a saúde. Segundo os relatos destes, dos cerca de 30 bovinos abatidos e vendidos semanalmente no Mercado Público e em estabelecimentos espalhados pela cidade, todos de forma mais rústicas possíveis. É preciso definir urgentemente a construção do matadouro, estamos correndo sérios riscos de contrair doenças tais como: tuberculose, brucelose, cisticercose, verminoses entre muitas outras, a população é a maior prejudicada, pois come uma carne que não sabe a procedência.
A contaminação da carne bovina pode ocorrer quando o animal ainda está vivo, devido ao alto grau de contaminantes encontrados nos meios externo e interno, causada pela invasão de microrganismos, por não ser adotado as práticas de higiene adequadas antes e depois do abate. É se necessário que a vigilância sanitária e ADAB realize um estudo de campo, onde se observe as instalações, as condições higiênico-sanitária, ferramentas e utensílios usados, características dos desinfetantes, qual a frequência e como são usados e as condições de higiene dos manipuladores. De acordo com os resultados indicar medidas, para minimizar o problema ferramentas e utensílios para o abate de animais e para o consumo humano, precisam ser adequados de acordo com o decreto de nº 2.244 de 4 de julho de 1997, bem como as Boas Práticas de Manipulação.

O número é crescente e a gravidade de doenças transmitidas por alimentos em todo mundo é grande, têm aumentado consideravelmente o interesse do público em relação à segurança alimentar, por exemplo, em relação a divulgação de incidentes em se tratando de encefalite bovina (BSE) e E. coli (O157:H7) (FORSYTHE, 2002, p. 11). As enfermidades de origem alimentar ocorrem quando uma pessoa contrai uma doença devido à ingestão de alimentos contaminados com microrganismos ou toxinas indesejáveis. Essa condição é, frequentemente relatada, denominada de toxinfecção. Por outro lado muitos casos de enfermidades causadas por alimentos não são notificados aqui em Morro do Chapéu, pois seus sintomas são geralmente parecidos com os da gripe e aparentemente logo desaparecem. Dentre os sintomas mais comuns relacionados a doenças de origem alimentar incluem dor de estômago, náuseas, vômitos diarreia e febre (FORSYTHE, 2002, p. 65). Sabe-se que apenas um pequeno número de casos de enfermidades causadas por alimentos é notificado aos órgãos de inspeção de alimentos, (vigilância sanitária) e às agências de saúde. Isso se deve, em parte, ao fato de que muitos microrganismos patogênicos presentes em alimentos causam sintomas brandos, e as vítimas não buscam o auxílio médico mas embora os problemas sejam brandos as consequências são terríveis podendo levar até a morte.


O matadouro público da cidade ficou só na promessa, ainda não saiu do papel, porém alguns argumentam que não há orçamento suficiente e portanto as empresas não interessam em participar da licitação, o que em parte é verdade existe deputados pra todo lado aqui em Morro do Chapéu dizendo que traz qualquer coisa que o povo precisar porém a comunidade está se omitindo a falar deste grande problema de saúde pública.
A Vigilância Sanitária de alimentos tem como principal atribuição à fiscalização de locais que produzem, transportem e comercializam alimentos com vistas a promover a boa prática na produção e manipulação de alimentos que possibilitem minimizar ou eliminar os potenciais riscos que a contaminação ou a manipulação inadequada desses produtos e serviços que podem causar ao consumidor.
O poder público municipal deve implantar medidas junto vigilância sanitária e a empresa de controle de animais no estado ADAB para minimizar as condições inadequadas do abatimento de animais no município. A omissão das autoridades a partir de então caracterizará em responsabilidade de por crime contra a saúde pública.
Pedro Honorato CMS Morro do Chapéu, Ba