Há
fotos que realmente valem por mil palavras, como se diz por aí, a
exemplo desta, de Daniel Teixeira, na primeira página do Estadão de
hoje. Vejam.
Esse é o
povo (!) do “Movimento Passe Livre”. Não são mesmo a cara da pobreza?
Daqui a pouco, essa gente ganha um quadro de humor no Zorra Total… Eles
estavam num bar, no centro de São Paulo, assistindo ao anúncio da
redução da tarifa.
Como são
estudantes, pagam meia passagem. No fim do mês — e na hipótese de que
andem de ônibus —, economizarão R$ 4,40. Com esse dinheiro, não
conseguem comprar nenhuma das cervejas anunciadas na tabela. A mais
barata custa R$ 5.
O rapaz de
camiseta branca segura na mão esquerda um iPhone. A que está em
primeiro plano também usa um smartphone com uma capinha descolada.
Era uma quarta-feira gorda. Pelo visto, ninguém ali pega no batente, embora todos já sejam bem maduros, não é? Vivem de quê?
Há duas
formas de uma pessoa brigar por uma causa: a necessidade e a convicção.
Necessidade, obviamente, eles não têm. Então são dotados de convicção.
Por convictos, embora não precisem daquilo, então devemos considerar que
aderiram a uma causa política, certo? E fazem, pois, política.
Tratá-los como representantes do povo e legítimos representantes de
usuários é, antes de mais nada, uma fraude jornalística.