sábado, 14 de maio de 2011

O agronegócio e os ambientalistas

Duas notícias dadas ontem neste blog espelha dois contrastes: de um lado o agronegócio produzindo números portentosos na exportação, responsáveis diretos pelo equilíbrio na balança comercial do Brasil. Do outro, elementos advindos do MST roubando eucalipto da Veracel, Fibria e Aracruz, empresas produtoras de celulose, que empregam cerca de 15 000 operários. A madeira roubada é repassada para as grandes siderúrgicas do Sudeste. De um lado os produtores, do outro os vândalos. E paradoxalmente, são os vândalos que contam com o apoio das ONGs ambientalistas, dos partidos radicais (PV, PSOL e parte do PT). Sem contar com a grande mídia simpática aos detentores do poder que, ao contrário do que se imagina, é quem manipula hoje o debate em torno da questão ambiental. O MST é o cabeça do movimento, com sua retórica furiosa contra o agronegócio, como se esse fosse o grande vilão no campo, impedindo, segundo ele, a reforma agrária e a distribuição democrática da terra. Para o MST, agronegócio se confunde com latifúndio, criminalizando os “ruralistas”. E quem são os ruralistas? São essa gente que produziram os números portentosos divulgados ontem; essa gente que salva o Brasil do desastre, essa gente que responde pela estabilidade da economia, essa gente que os esquerdistas odeiam. E a Bahia é onde essa política equivocada tem o maior apoio, inclusive do governador que os trata a pires de leite.
Em Morro do Chapéu cujo agronegócio mal se sustenta nas pernas, discute-se a implantação de um parque eólico numa área de preservação ambiental. Até decreto governamental foi promulgado extinguindo a área. Há uma batalha sangrenta acontecendo nos bastidores com supostas invasões de terra e ameaças as autoridades constituídas. Mas como o morrense orgulha-se de sua natureza pacífica e ordeira, nada lhe diz respeito. Ser comandado por um coronel ou coronéis, está no DNA do morrense. Em vez de erguer a cabeça e procurar lutar pelos seus direitos, prefere lamuriar-se maldizendo sua sorte. E isso fortalece ainda mais o poder daqueles que deveriam zelar pelos destinos de nossa cidade. Temos uma imprensa emasculada, órgãos de comunicação defendendo os interesses dos patrões e um comércio claudicante. Uma situação que parece eternizar-se. Mas ela pode ser revertida desde que o cidadão se conscientize de seus direitos e faça suas reivindicações. Felizmente hoje a internet possibilita a qualquer um montar um blog e dizer o que bem entender. E esse blog está acessível a todos atingindo a população plugada na internet. Falando num blog estamos falando para o mundo todo. Os ditadores não podem mais calar o cidadão. Nem as ditaduras comunistas e islâmicas estão conseguindo conter a onda avassaladora dos sites de relacionamento. O internauta tem hoje a sua disposição, informações do mundo todo. Basta então filtrar tudo, comparar com o que vê e tirar as conclusões.
O fato é que o novo Código Florestal está sendo debatido furiosamente nos bastidores da política e pelos ambientalistas. Nesta terça-feira seria levado a votação, mas foi adiado a pedido do governo. A nova Lei Florestal vai mudar radicalmente a modo de como vai se explorar a terra. Haverá uma nova legislação para as áreas de Preservação Ambiental o que afeta diretamente a APP de Morro do Chapéu.Haverá possibilidade de se implantar usinas eólicas nas áreas de preservação ambiental?
O deputado Aldo Rebelo, relator do novo Código Florestal está finalizando o texto a fim de aparar as arestas que estão incomodando o governo. Espera-se que a votação seja levada ao plenário no fim do mês.