Aos poucos os barulhos sobre a extinção da Área de Preservação Permanente (APP) de Morro do Chapéu vai se extinguindo. Quem faz barulho nesta área é a turma do PT e alguns gatos pingados que se intitulam "ambientalistas", a exemplo de irmão Delmar. Ocorre que o Decreto de extinção se deu no governo do PT, não importa quem assinou o decreto. Aliás, sobre essa assinatura do decreto paira uma aura de suspeitas com relação ao governador Jaques Wagner. Como se sabe, quando esse fato se deu, ele estava acompanhando a presidente Dilma Roussef em viagem à China. Substituia-o o vice-governador Otto Alencar.
Alguém minimamente inteirado da política consegue imaginar que Otto assinaria um decreto tão polêmico sem o conhecimento do governador? Extinguir uma área de preservação permanente, quando o mundo todo clama para a criação de mais áreas? E justamente nas vésperas da aprovação do novo Código Florestal? E qual seria a motivação para a assinatura deste decreto rejeitado por todos, à exceção das empresas de energia eólica?
Tudo indica que Jaques Wagner usou Otto como boi de piranha. Vejam que todo o ônus desta medida recaiu sobre os ombros do vice-governador, deixando Wagner livre com a promessa de revogar o decreto. Acontece que até agora nenhum medida foi tomada, nenhum promessa foi feita para o restabelecimento da APP e cresce a convicção de que as coisas eram para ser feitas do jeito que foram.
Hoje vai ser feita uma reunião no Clube Municipal quando as empresas de energia eólica vão anunciar oficialmente a criação do Parque Eólico de Morro do Chapéu. Como se vê, os fatos seguem um figurino pré estabelecido. Resta conferir se esse parque eólico estará dentro da finada APP.
